O Que É Peer-to-Peer Lending?
Vamos descobrir o significado de Peer-to-Peer Lending, sua definição no mundo Cripto, o Que É Peer-to-Peer Lending e todos os outros fatos relacionados.
No setor de criptomoedas, o Peer-to-Peer Lending, crowdlending ou empréstimo social (também conhecido como empréstimo entre pares) é um método de pegar emprestado ou emprestar ativos virtuais sem a intervenção de um intermediário. A troca geralmente passa por uma plataforma intermediária, também conhecida como plataforma P2P.
A fim de entender o empréstimo entre pares ou peer-to-peer lending, vamos analisar mais profundamente um modelo tradicional de concessão de empréstimos. Digamos que você gostaria de pegar um pouco de dinheiro emprestado, então vai a um banco onde é necessário preencher formulários, fornecer documentos essenciais e apresentar sua solicitação. Se estiver qualificado para um empréstimo, o banco vai explicar suas condições e lhe dará uma oferta.
Se concordar com as condições, o banco vai então recolher fundos de uma das duas fontes:
- Banco central;
- Depósitos bancários de seus próprios clientes, como contas poupança.
Os principais problemas com empréstimos de uma instituição financeira como um banco são:
- Muitos fatores determinantes que você não vai conseguir mudar rápido o suficiente para se qualificar para um empréstimo, como baixa pontuação de crédito e histórico de crédito insuficiente;
- Você vai acabar pagando muito mais caro devido às taxas de juros relativamente altas;
- Os bancos tradicionais podem parecer ultrapassados e, portanto, serem lentos no tratamento do seu caso e na resposta às suas dúvidas.
De forma geral, existe peer-to-peer lending tradicionais e peer-to-peer lending em criptomoedas.
Os peer-to-peer lendings tradicionais podem ser definidos como a troca de moedas fiduciárias sem um intermediário. Por exemplo, a libra esterlina (GBP), o euro (EUR), o dólar americano (USD) ou o iene japonês (YEN), entre muitas outras, são consideradas moedas fiat ou fiduciárias, uma vez que são apoiadas pelo governo.
No caso dos empréstimos tradicionais, existem várias plataformas que conectam potenciais investidores e solicitantes de empréstimos. Entre elas estão Peerform, Upstart, Funding Circle e outras que tornam suas plataformas atraentes, oferecendo as melhores taxas de juros, tarifas menores e vários tipos de empréstimos. Elas surgiram pela primeira vez em 2005. Estes tipos de plataformas de empréstimo permitem muito mais flexibilidade e espaço de manobra para os mutuários, já que muitos deles têm como alvo um tipo específico de mutuário (como, por exemplo, startups ou pequenas empresas). Além disso, o processo é geralmente mais rápido do que se você fosse passar por uma instituição financeira como um banco.
O mercado de peer-to-peer lending alcançou seu auge quando o mercado de criptomoedas foi introduzido e começou a ganhar popularidade.
A tecnologia de blockchain que sustenta as criptomoedas é o recurso chave que permite peer-to-peer lending e elimina a necessidade de um intermediário. Neste caso, ambas as partes se envolvem em uma transação de agenciadores. Isto significa que os empréstimos são amparados por contratos inteligentes finalizados com base nos termos que ambas as partes, o emprestador e o mutuário, concordaram.
Os empréstimos entre pares ou peer-to-peer lending com criptomoedas começaram a ganhar força após o lançamento do Ethereum em 2015. Hoje em dia, eles também são conhecidos como finanças descentralizadas (DeFi) que se baseiam em contratos inteligentes e são amplamente utilizados na comunidade de criptomoedas.
No setor de criptomoedas, o peer-to-peer lending é utilizado de forma diferente da solução tradicional. No entanto, eles têm suas semelhanças.
A principal semelhança entre os empréstimos peer-to-peer tradicionais e de criptomoedas é que ambos exigem garantias. Quando se trata de criptomoedas, no geral, a garantia é uma moeda fiat ou um ativo digital. A garantia costuma ser mantida em um contrato inteligente estabelecido de comum acordo pela plataforma escolhida que atua como intermediária.
As garantias oferecidas servem como uma métrica para decidir sobre a quantia máxima possível para o empréstimo. Isto também é chamado de taxa de garantia ou fator de garantia. A taxa de garantia é necessária para este tipo de empréstimo peer-to-peer lending, uma vez que a credibilidade é um fator impossível de ser avaliado. Isso porque, na maioria dos casos, ambas as partes optam por permanecer anônimas.
No empréstimo peer-to-peer lending em criptomoedas, o processo KYC não é necessário, portanto, as identidades de ambas as partes costumam permanecer desconhecidas. Assim, não é possível estabelecer que tipo de histórico passado de crédito um indivíduo pode esconder ou sua credibilidade em geral.
Tal como nos bancos tradicionais, ambas as partes concordam com uma taxa de juros para o empréstimo. Desta forma, os financiadores, também conhecidos como investidores, ganham juros.
Há também algumas plataformas de peer-to-peer lending de criptomoedas que tentam incentivar os credores oferecendo bônus. Ao fazer isto, estes sites pretendem ganhar mais tráfego e preservar o ecossistema.
Blockfi, Aave, Celsius Network e Binance estão entre algumas das mais conhecidas plataformas de peer-to-peer lending em criptomoedas do mercado atual.
A principal desvantagem é que o processo de empréstimo utilizando este método é um pouco complexo. Portanto, pode levar um tempo maior para aprender as entradas e saídas da plataforma em questão. Além disso, a maioria dos sites de peer-to-peer lending não são intuitivos de usar.
Mais ainda, alguns deles sofreram ataques cibernéticos que resultaram em perdas financeiras e continuaram a levantar dúvidas quanto à segurança dessas plataformas.
Podemos esperar que estas plataformas melhorem à medida que a popularidade das criptomoedas continua a crescer.